quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018

Kakegurui


Ano de exibição: 2017
Número de episódios: 12
Emissora: Tokyo MX, MBS, BS11, RKB, TVA
Distribuição:  Netflix
Tempo médio de duração dos episódios: 25min
Gênero: Drama, Escolar, Mistério, Psicológico

     Em uma escola privada chamada Hyakkaou, os alunos não se destacam pelas notas ou por seus talentos esportivas, mas sim por suas habilidades em jogos de azar. Aqueles alunos que possuem muitas dívidas são chamados de bichos e bichanas, fazendo parte da camada mais baixa da hierarquia do colégio. Um dia, Jabami Yumeko é transferida para lá, afetando a vida de vários estudantes e enfurecendo o grêmio estudantil que comanda tudo.


     Gente!! Eu já respeitava muito a Netflix, mas agora meu conceito sobre ela está aumentando cada vez mais. Como ela está conseguindo colocar em seu catálogo tanto anime bom? O primeiro que eu assisti foi Nanatsuno Taizai (que eu amei), depois comecei a ver Violet Evergarden (ainda não terminaram de postar, mas também é muito bom) e agora eles acertaram em cheio com a escolha de Kakegurui. Gosto muito do gênero psicológico para animes, então este era um dos que estava na minha lista.


     Vou começar falando que a opinião contida neste blog sobre este anime é a de uma pessoa que não leu o mangá e não faz a mínima ideia do que tem de diferente ou igual, então não vou perder meu tempo comparando ambos. Quando eu ler a história original eu conto para vocês o que eu achei, ok? Então se preparem que essa resenha vai estar recheada de elogios para Kakegurui.


     Tenho que admitir que eu comecei a assistir sem saber nada sobre a história, sendo que achava que ia ser algo no estilo Hell Girl, já que a protagonistas tinha olhos vermelhos (que inocência a minha). Porém, quando descobri do que se tratava a trama, a achei muito interessante, pois estava morrendo de vontade para ver como seria a organização da escola. Quer um anime mais real e assustador do que aquele que realmente mostra como as pessoas se comportam em meio a situações de tensão e desespero?


     Todos os personagens eram muito diferentes uns dos outros e tinham algo que os motivava a passar por tudo aquilo que passavam. Todos eram muito complexos e difíceis de entender, sendo que a própria protagonista nos deixa com muitas dúvidas em relação a quem ela é. Esse é um dos elementos interessantes do anime: fazer com que o telespectador faça suposições o tempo todo, nunca sabendo se estão corretas ou não. Depois de um tempo, você simpatiza com um personagem aqui e outro ali, enquanto torce para que eles vençam seus jogos.


     E em cada episódio, há uma partida de jogo de azar diferente, em que você acaba se surpreendendo com 3 coisas: como os jogos são diferentes, como há várias formas de trapacear e como as pessoas ficam loucas quando estão sobre pressão. Vou começar falando sobre como os criadores da história foram criativos ao criar os jogos, sendo que a maioria deles (ou todos) eu nunca vi ninguém jogando. Eu realmente achei todos interessantes e fiquei com vontade de chamar minha família para uma partida (sem apostar, claro). Além disso, haviam as trapaças impressionantes que eu nem sabia que existiam (que eu fiquei tentada a contar para vocês, mas não vou para não perder a graça).


     Enfim, chegamos na parte mais emocionante e que fez com que o anime ficasse marcado para sempre na minha memória: as expressões de loucura das pessoas. Sério!! Elas elevavam o nível de tensão a outro patamar, que já estava alto devido aos jogos e à perspectiva de algum personagem que você gosta perder. Eu fiquei até um pouco receosa e perturbada com os sorrisos maliciosos e os olhares delirantes do primeiro episódio. Só digo uma coisa: minha prima ficou com um pouco de medo quando assistiu, ao ponto de parar no segundo capítulo, ou seja, o terror psicológico é muito alto. Pense em uma pessoa que não tem medo de nada e assiste qualquer anime com aquela cara de: “De terror isso não tem nada” e “Pensei que haveria mais sangue”. Essa é a minha prima. Então é garantia de muita aflição e medo para algumas pessoas.


     Além dos jogos, há uma história principal por trás de tudo, em que o grêmio estudantil tenta manter o controle da escola e fazer com que os bichos continuem a não ser vistos como seres humanos, proporcionando um verdadeiro ambiente de desconfiança e desespero. Se até aí a história já é interessante, imagina adicionando uma garota que é louca por jogos de azar e que ameaça a existência da hierarquia do colégio? Nada era mais tenso e maravilhoso de se ver do que Jabami colocando medo nas pessoas mais poderosas e não deixando ninguém passar por cima dela.


     Além disso, Kakegurui conquistou meu coração ao incentivar as pessoas a não se deixarem ser tratadas de qualquer jeito, bem como a não fazer algo com o qual não concordam. Mary ganhou totalmente meu respeito após ter sofrido alguns baques nos primeiros episódios, se tornando, inclusive, uma das minhas personagens preferidas. E sua personalidade forte é com certeza o que mais fez com que eu gostasse dela. As pessoas têm que entender que muitas vezes simples intimidações não funcionam com qualquer um.


     O único defeito que eu achei de Kakegurui foi o jogo do último episódio. Não que não tenha sido tenso e emocionante, pois foi, mas não acho que foi o momento oportuno para que ele ocorresse. Sei que ainda tem muita história pela frente, então não vejo sentido em um jogador batalhar contra o maior chefão de um jogo antes do fim (não sei se você conseguem me compreender). Fico imaginando o que eles farão na segunda temporada para que isso não se torne um problema. Apesar disso, os minutos finais foram excelentes e me deixaram extremamente curiosa. O quanto Jabami e Kirari Momobami, a presidente do conselho estudantil, ainda conseguem nos surpreender?

Nota: 9.5

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