quarta-feira, 10 de maio de 2017

Resenha: A Viagem do Tigre


Ano: 2012
Número de Páginas: 496
Editora: Arqueiro
Autora: Collen Houck

     Ainda não conhece a Saga do Tigre? Então primeiro confira a resenha do livro 1 – A Maldição do Tigre e do livro 2 – O Resgate do Tigre!

     Após o resgate de Ren, Kelsey e seus dois tigres deverão retomar a busca pelo terceiro presente de Durga. Nessa aventura, eles deverão vencer difíceis desafios propostos por 5 dragões míticos. O trio deverá enfrentar o mar aberto e suas terríveis criaturas para encontrar o Colar de Pérolas Negras de Durga.

     Em meio a esses desafios, Kelsey também tentará recuperar a memória de seu tigre branco. Além de não lembrar da amada, Ren também sente fortes dores quando está na presença de Kelsey. O que será que causou sua amnésia e desconforto? Ren e Kelsey poderão ficar juntos? Ou Kelsey cederá seu coração a Kishan? Eles sobreviverão as águas escuras do oceano?

     A Viagem do Tigre foi ao mesmo tempo um alívio e uma decepção para mim. Alívio, porque finalmente o nosso tigre branco está presente na história mais uma vez. Mas, decepção pelo relacionamento entre Ren e Kelsey não poder ser o mesmo de antes. E a situação da nossa mocinha não está nada fácil, se antes já era complicado com um tigre apaixonado por ela, imagina dois.

     Vou ser bem sincera com vocês que no quesito romance a saga está me desapontando muito. Para todos aqueles que leram o livro dois, já sabem que Ren voltou são e salvo para a Índia, PORÉM, sem a memória. Ou melhor, sem nenhuma memória relacionada a Kelsey. Isso mesmo. SÓ a Kelsey. Sério mesmo Collen? Já não bastava a maior parte do segundo livro o Ren estar separado de Kelsey e você ainda coloca Ren com amnésia e com um desconforto quando toca nela? Devo mencionar que não é apenas um desconforto, mas um GRANDE desconforto. Ele não pode encostar nela que já sente dor e não pode nem ao menos ficar no mesmo cômodo que ela que já sente uma sensação horrível. Sabe o que eu achei dessa parte? Uma enrolação. Só serviu para afastar os apaixonados e atrasar o romance dos dois.

     Mesmo eu achando essa parte uma enrolação, não posso negar que ela também teve o seu propósito: a de mostrar a conexão profunda entre Kelsey e Ren. Foi legal ver ele se apaixonando por ela novamente. Não importava a dor que ele sentia, ele a tocava e se esforçava para isso. Sabe quando você não acha a conexão entre os dois forçada? Quando você percebe que um pertence ao outro? Foi isso que eu senti quando lia o livro. Por isso, tenho que dar créditos para Collen Houck por fazer um casal com tanta química.

     Você percebe que os dois estão se apaixonando novamente. Tudo bem, agora eles vão ficam juntos outra vez, certo? ERRADO. Como se já não bastasse esse problema da memória, ainda tempos a preocupação do possível casal Kelsey+Kishan. O tempo todo nossa protagonista fica com o pensamento de que ficar com Kishan é mais fácil e que ele nunca a magoaria. O problema, minha querida, é que você não gosta dele, você gosta de Ren. Ai meu Deus. Que protagonista complicada. Não que eu não tenha entendido os motivos dela ficar com Kishan, mas, como você fica com uma pessoa sendo que você ama imensamente mais uma outra pessoa? Sinceramente, acho que ela usou o Kishan como um escudo, não foi justo com ele.

     Ao mesmo tempo, não posso tirar a culpa dele do cartório. Mesmo ele percebendo os sentimentos dela por Ren, ele não desiste e ainda dá aquela sensação de culpa para a Kelsey. Mas, não posso culpa-lo por tentar. Eu também não desistiria da pessoa que amo. Mas, igual eu falei na última resenha. Há muitas pessoas que preferem bem mais o Kishan do que o Ren. Você pode ser uma delas e adorar a parte de romance entre os dois. Tudo nessa resenha é minha opinião. Gosto dos dois príncipes e acho que os dois tem suas qualidades e defeitos. Porém, ainda acho que Kelsey e Ren possuem uma conexão muito forte e são perfeitos um para o outro. Por isso minha frustração, só quero que eles fiquem juntos logo.

     Para a minha alegria (e acredito que de muitos outros leitores) não é somente esse complicado trio amoroso que temos nesse livro. Collen Houck nos presenteia com aventuras muito bem escritas e reais. Essas partes são tão surpreendentes que é impossível você desgrudar do livro de tão emocionantes que são. Dessa vez a trama se passa no mar e é claro que monstros assustadores estarão a espreita. Depois de ler esse livro só sei que vou ficar um tempinho sem ir a praia. Hahahahahaha Vocês vão me entender quando terminarem de ler esse livro.

     E a melhor parte de tudo é que além dos tigres, outro dos meus “animais” preferidos apareceram nesse livro: DRAGÕES. Fala sério, tudo fica mais legal com dragões. Temos 5 deles, cada um deles representando um dos oceanos (o elemento dessa aventura é água) e todos possuem personalidades completamente diferentes. A todo momento me pegava pensando como seria o próximo dragão. Porque além de personalidades peculiares, eles possuem aparências diferentes e até mesmo conseguiam adquirir uma forma humana. A autora foi bem criativa na descrição deles, um era um dragão do tipo chinês, o outro era um dragão aquático, o outro no estilo dos dragões medievais... Simplesmente adorei. Collen conseguiu combinar bem esses elementos.

     E mais uma vez nos surpreendemos com a linda e rica cultura indiana. Acho que uma das sacadas mais geniais da Saga do Tigre foi justamente mesclar aventura e romance com uma cultura super curiosa e diferente do ocidente. Fico feliz em dizer que lendo essa saga me sinto cada vez mais interessada para pesquisar por outras culturas e mais cativada pela cultura indiana. <3

Nota: 8

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