sexta-feira, 13 de abril de 2018

O Hospedeiro


Direção: Bong Joon Ho
Produção: Choi Yong Bae
Roteiro: Baek Chul Hyun e Bong Joon HO  
Distribuição: Netflix
Ano: 2006, 2007 (Brasil)
Duração: 119min
Gênero: Drama, Comédia, Horror e Ficção Científica

     Em um laboratório americano na Coréia do Sul, um cientista joga vários compostos químicos pelo ralo, dizendo que ele não poluirá em nada o Rio Han. Passado algum tempo, um monstro que parece ter sofrido mutação sai das águas desse rio e começa a espalhar o caos em Seul, matando várias pessoas e espalhando um vírus. O que acontecerá quando ele capturar uma garotinha chamada Park Hyun Seo (Ko Ah Seong) e descobrir que uma família nada convencional fará de tudo para salvá-la?


     Enquanto eu e minha irmã estávamos procurando um filme para assistir na Netflix, nos deparamos com “O Hospedeiro”, que parecia ter uma história interessante, e o mais importante, Bae Doona em seu elenco. Quem diria que eu teria a oportunidade de assistir algum outro trabalho dela na Netflix que não fosse Sense 8. Embora esse filme não chegue nem perto de ser um dos que eu consideraria “muito bom” na minha escala de filmes, fiquei super compenetrada enquanto estava assistindo.


     Quando eu comecei a ver os primeiros 15 minutos de “O Hospedeiro”, eu quase desisti e tentei procurar alguma outra coisa, pois o monstro (não tenho termo melhor para defini-lo) parecia ser bem bobinho. Quase achei que estava assistindo um filme trash, já que um peixe que tem algumas pernas e sai se arrastando por aí não parece ser algo legal de se ver. Porém, acabei percebendo que não era mal feito do jeito que eu estava esperando e a história tinha seus encantos.


     O melhor elemento que eu consegui perceber foi a comédia. Tínhamos momentos muito engraçados e que cortavam o clima no meio de cenas importantes (o que eles fizeram de maneira bem legal kkkk). Por exemplo, em alguma cena de tensão ou de drama, surgia os personagens para fazer algo bem maluco e fazer você morrer de rir. Fiquei impressionada com Bae Doona, que interpretou uma personagem bem séria em Sense 8, mas que conseguiu fazer ótimas cenas descontraídas aqui.


     Afinal, como não rir com uma família super diferente e improvável que sai em uma missão de salvar uma garotinha de um monstro? Temos Park Hee Bong (Byeon Hee Bong), um pai sensível e bruto que consegue colocar ordem em seus filhos, além de ser um avô carinhoso e preocupado. Park Kang Doo (Song Kang Ho) é seu filho mais velho, sendo um pai amoroso, mas muito irresponsável que não pensa antes de fazer qualquer coisa e consegue dormir em qualquer lugar.


     E por último, os dois outros irmãos da família: Park Nam Il (Park Hae Il) e Park Nam Joo (Bae Doone). O primeiro é um homem formado, mas que não consegue arrumar um emprego. Ele não mede suas palavras e faz de tudo para irritar seus irmãos. Já Nam Joo é uma mulher que tem muito talento com tiro com arco, mas que vive sua vida a seu próprio ritmo. Também é muito boa com as palavras quando o assunto é responder para sua família. Só há uma coisa em comum entre esses quatro: seu amor por Hyun Seo.


     Então, o filme basicamente dá uma mesclada em cenas de comédia com cenas extremamente desesperadoras de laboratórios ou de fugas. Sério! Eu ficava tensa em muitos momentos, pois não parecia que alguma coisa ia dar certo e já estava quase no final do filme. Será que todos vão morrer? Será que eles conseguirão salvar a garotinha das garras do monstro? Será que alguém levará a culpa por toda essa bagunça?


     E como todos sabem, os coreanos sabem como ninguém como colocar umas cenas de drama e choro em filmes de Horror e Ficção Científica. Isso aconteceu tanto no final, quanto em alguns momentos no meio da trama. Vou falar a verdade, viu? O final podia ter sido melhor! Como eles fazem algo assim com os telespectadores? Foi imprevisível, mas não gostei! Não recomendo esse filme para todos, só para aqueles que gostam de filmes tipo Piranha ou Anaconda em que você sabe que não pode se apegar aos personagens.


Nota: 6.3

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