quinta-feira, 13 de julho de 2017

Girl Fight


Direção: Stephen Gyllenhaal
Produção: Harvey Kahn
Companhia de Distribuição: Front Street Pictures 
Ano: 2011
Duração: 90min
Gênero: Drama

     Haley Macklin (Jodelle Ferland) é uma garota muito inteligente que não consegue fazer amizades em sua classe. Um dia, ela começa a falar com Alexa Simons (Tess Atkins), uma das garotas mais populares de sua escola, e começa a se tornar mais próxima dela. Assim, ela passa a lidar com várias situações das quais não concordava e com outras meninas que também faziam parte desse grupo “popular”. O que Haley não esperava, era que assuntos passados trariam muito sofrimento e injustiças para sua vida.


     Quando eu vi a chamada desse filme passando no Lifetime, eu realmente fiquei curiosa para assistir. Isso se deveu ao fato da temática de “Girl Fight” ser mais séria e abordar assuntos de extrema relevância para pessoas de todas as idades, sobretudo para os adolescentes. Sério mesmo! Se você tem algum filho, eu aconselho que você faça com que ele assista esse filme. Embora ele tenha algumas cenas bem pesadas sobre violência entre jovens, eu acho que ele consegue fazer com que você simpatize com a vítima e nunca queira ser um dos agressores.


      Não vou falar para vocês que o filme é recheado de grandes atuações e que possui uma das melhores histórias que eu já vi, mas realmente acho que vale a pena vê-lo. Penso isso tanto por causa da importância de se discutir o tema, como pelas atuações convincentes de Anne Heche e James Tupper, que interpretaram os pais de Haley, Ray e Melissa Macklin. Eles conseguiram passar todo o amor que os pais sentiam pela filha e o desespero de quando algo acontecia com ela. Fiquei realmente tocada em algumas cenas.


     Tenho que admitir que a primeira metade do filme não é muito interessante (pelo menos para mim), só mostrando como os jovens daquela escola se relacionavam e como a Haley estava se tornando amiga das meninas populares. Eu entendi que isso era para ambientar a história, mas acho que poderiam ter feito isso de uma forma mais rápida e passar para a parte importante logo. Aliás, é na segunda parte que a história começa a ficar boa.


       Passada essa “contextualização da história”, são mostrados alguns acontecimentos relacionados à violência entre jovens e as consequências deles. Achei que retrataram vários elementos importantes, como: acontecimentos trágicos que viraram mídia, a tristeza da família da vítima, a importância de não passar a mão na cabeça do filho quando ele faz algo errado, a proporção que algo pequeno pode tomar, o arrependimento de alguns e a coragem de não deixar que os agressores escapem impunes por medo. O problema real, foi que todos esses elementos foram passados de maneira tão rápida, que nem deu toda a emoção e o sentimento que a história merecia.


      Enfim, esse é um filme que vale a pena ser visto por sua temática e por algumas cenas, mas que deveria ter explorado mais alguns elementos. Acho que se a primeira metade tivesse sido mais curta, a segunda não precisaria ter sido tão corrida e a história teria ficado melhor. Realmente acho uma pena quando filmes com histórias tão boas, sejam mal executados e não tenham o alcance e visibilidade que deveriam ter.

Nota: 6.2

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