segunda-feira, 24 de abril de 2017

Resenha: Girlboss


Ano de Exibição: 2017
Número de Episódios: 13
Direção: Christian Ditter
Criação de: Kay Cannon
Produção: Denver and Delilah Productions
Produção Executiva: Kay Cannon, Charlize Theron, Laverne
McKinnon, Beth Kono, Sophia Amoruso e Christian Ditter
Emissora: Netflix
Tempo Médio de Duração de Episódio: 30 minutos

     Sophia (Britt Robertson) é uma mulher em seus vinte e poucos anos que se recusa a se tornar uma adulta chata, sem sonhos e que seja exatamente igual a todos os outros. Sendo demitida de vários empregos e precisando de dinheiro para poder pagar seu aluguel e mudar de vida, ela cria uma conta no eBay, descobrindo seu novo sonho e que é realmente talentosa para aquilo que pretende fazer. Porém, ela descobrirá que há coisas mais importantes que o sucesso.


     Tenho que admitir que não estava com a mínima vontade de assistir a Girlboss, mas resolvi dar uma chance. Não suportaria ver outra ótima série da Netflix não descoberta ser cancelada ou deixada de lado por causa do julgamento inicial das pessoas (da mesma forma como ocorreu com Marco Polo). Não posso dizer que Girlboss entraria no meu TOP 10 melhores séries de todos os tempos, mas ela conseguiu me surpreender de várias formas.



     O primeiro fator que eu tenho que elogiar foi o modo como eles resolveram contar a história, sempre sabendo equilibrar muitos momentos decisivos para a vida de Sophia, com momentos mais leves de sua vida pessoal. Sério! Sabe quando a história não te interessa em nada? Foi isso o que aconteceu comigo, pois eu não tenho muito interesse em histórias que mostram a pessoa ficando bem sucedida ou coisas desse gênero. Mas, tudo foi tão bem contado e de maneira tão empolgante que eu me vi curiosa para saber como a protagonista resolveria todos os seus problemas e se realizaria.


     É claro que para que eu tivesse esse sentimento a história ser contada da maneira certa não foi o único fator que influenciou minha opinião. Girlboss possui muitos personagens que você adora, sendo que são totalmente diferentes um do outro (exceto pelo fato de serem todos loucos). Acho que todos eles tinham personalidades tão marcantes e se aceitavam tanto como eram que você acaba por ficar impressionada e até admirar um pouco eles.


     Vou começar falando sobre Sophia, a protagonista de Girlboss. Ela é, sem nenhum tipo de exagero, uma das mulheres mais loucas que eu vi em uma série. Sério! Ela é uma pessoa super exagerada e que realmente faz tudo o que quer, desde pegar uma comida do lixo e comer, até roubar um tapete para levar para um parque e dormir. Eu gosto muito do fato dela não querer ser igual a todo mundo, mas ela precisa saber que em algum momento ela terá que ter certas responsabilidades e ser mais madura. Não adianta fugir muito da realidade.


     Annie (Ellie Reed) é a melhor amiga de Sophia, sendo também uma pessoa muito despreocupada e que se preocupa em viver o presente. Ela era a minha personagem preferida, pois era uma pessoa muito boa e que realmente se preocupava e era fiel aos seus amigos. E quando ela acha alguma coisa em que é boa e que gosta de fazer, ela faz o seu melhor e se torna uma pessoa muito responsável e competente. É impossível não amar essa personagem!! <3


     Também temos Shane (Johnny Simmons) e Dax (Alphonso McAuley), os namorados das duas amigas. O primeiro era o baterista de uma banda que imediatamente ficou encantado pela nossa protagonista. Ele parece ser uma pessoa bem compreensiva, mas que acredita que as duas pessoas de uma relação devem ser entregar igualmente. Sim! Ele é um dos mais normais da série. Já o Dax é um barman que está fazendo faculdade de administração e que é muito inteligente. Ele e Annie tem uma excelente química, nos deixando maravilhados de como duas pessoas absurdamente diferentes podem se dar tão bem e serem tão apaixonadas uma pela outra.


     Temos vários outros personagens interessantes, mas vou deixar vocês conhecê-los assistindo a Girlboss. Mas se tem uma coisa que todos eles contribuíram muito para o seriado foi em relação a comédia. Eu achei vários momentos muito engraçados e me diverti muito enquanto assistia, pois aconteciam coisas inesperadas e absurdas quase que o tempo todo. Logo, não tive tempo de achar a série chata ou monótona.


     Sabe qual mensagem bem legal que eles passaram enquanto estávamos assistindo o seriado? Você nunca está sozinho. A protagonista passou por tantos momentos tristes e difíceis, que se ela não tivesse o apoio de outras pessoas não conseguiria chegar onde chegou. É muito interessante vermos como Sophia vai amadurecendo e redefinindo suas prioridades de acordo com aquilo que ela vai vivenciando. Percebi que aquela mulher louca pode possuir coisas em comum com todos nós.


     Não estou muito habituada a vestir roupas vintages, mas quem gosta desse estilo vai se deliciar com as roupas customizadas pela protagonista. Afinal, essa série não está focada na vida de Sophia, mas também em moda. Tinham algumas roupas que eu realmente fiquei com vontade de experimentar e ver se ficariam boas em mim. Então, quem gosta de seriado de moda e coisas assim, vai gostar nem se for um pouquinho de Girlboss.


     Enfim, termino essa resenha dizendo que fiquei um pouco decepcionada com o final devido a um acontecimento. Não entendi como eles fazem com que uma personagem de personalidade tão forte e independente tome certas decisões. No final Sophia acabou não sendo diferente de muitas jovens normais que vemos em alguns filmes adolescentes. Tirando essa parte do último episódio, o resto foi perfeito, nos mostrando que temos que ter confiança em nós mesmos.

     E aí? Já assistiu Girlboss? Não tem vontade de assistir? Deixem suas opiniões nos comentários e espero que tenham aproveitado a resenha! =)

Nota: 8.5   

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