Resenha: A Bela e a Fera

Ano: 2017

Duração: 2 h

Direção: Bill Condon

Produção: David Hoberman e Todd Lieberman

Companhia Produtora: Walt Disney Pictures e Mandeville Films

Distribuição: Walt Disney Studios Motion Pitctures

Gênero: Fantasia, Musical e Romance

     Há muito tempo, havia um príncipe mimado e egoísta, que tinha tudo do bom e do melhor. Em um de seus deslumbrantes bailes, apareceu uma velha senhora procurando abrigo no castelo e ofereceu uma rosa em troca de sua estadia. Enojado com sua feiura, o príncipe acha ridículo seu pedido e a manda embora. Porém, nesse momento, a velha senhora se transforma em uma bela feiticeira, jogando uma maldição sobre o castelo e transformando o príncipe em uma terrível fera. Antes da última pétala da rosa cair, o mimado príncipe deverá se apaixonar e ser correspondido, senão, ficará como fera para sempre.

     Mais tarde a fera se apaixonaria por uma inteligente, bonita e incompreendida garota, cujo pai roubou uma rosa de seu castelo. Ela conseguiria ver o príncipe por trás da fera? Ela seria a garota que quebraria a maldição?

      Quem nunca ouviu essa história, não é mesmo? Da bela, inteligente e voraz leitora de livros que cai nas mãos de uma horrenda fera e ambos se apaixonam. Sem dúvida nenhuma uma das minhas princesas preferidas quando eu era criança e uma das live actions mais aguardadas por muitos em 2017. Finalmente, consegui assistir a “A Bela e a Fera” e posso dizer que a equipe de produção conseguiu criar um filme não somente para crianças, mas, um filme maduro, para todas as idades e, ao mesmo tempo, criar aquela sensação de nostalgia tão aguardada pelos fãs.

     Quando o filme começou e reconheci a primeira música cantada por Bela no desenho, fiquei deslumbrada e emocionada. Sério, eles conseguiram juntar o novo e o velho com perfeição. Várias músicas são praticamente idênticas aos do desenho e também muitas cenas foram bem fieis ao nosso clássico da Disney de 1991.

     Mas, como toda boa adaptação, sempre esperamos mais do que já nos foi mostrado. E as mudanças em “A Bela e a Fera” foram muito bem-vindas! A Disney nos presenteou com várias outras músicas que não tinham no desenho, deixou o contexto bem mais interessante, algumas partes mais engraçadas e, até mesmo, descobrimos um pouco mais sobre a mãe de Bela e dos pais da Fera. Sério, adorei essa última parte, pena que foi bem pouquinho. Mas, já estou satisfeita de ter esse acréscimo. Ai ai, tem como não amar esse filme? <3

     E não foi só com uma trama melhorada que a Disney se preocupou, ela também procurou dar destaque a nossa protagonista e reafirmar que esta não sofria da Síndrome de Estocolmo. Para quem não sabe, esse é o nome dado a um estado psicológico onde uma pessoa que foi submetida a intimidação (no caso, a nossa Bela), passa a nutrir sentimentos de amor, amizade ou simpatia em relação ao seu agressor. Achei que eles deixaram bem claro que a Bela estava bem decidida e que não aceitaria qualquer tipo de situação em relação a Fera. Momento #GirlPower.

     Outro ponto crucial do filme que fez com que a nostalgia e o encanto me dominassem? As vestimentas utilizadas no filme. Sério, mais uma vez repito, que achei que ficaram bem fieis ao desenho de 1991. Achei que ficaram bem legais as roupas da Bela (Emma Watson), do Gaston (Luke Evans), da Fera (Dan Stevens) e de todos os outros personagens que viviam na vila. E os vestidos de baile da Bela? Muito lindos! Adorei! <3

     Além das vestimentas que ficaram muito bem feitas, não posso deixar de falar sobre os efeitos especiais que ficaram muito bons também. Todos os utensílios do castelo (que como sabemos são pessoas) foram criativamente feitos para darem um toque especial ao filme. Devo admitir que ficou tudo bem diferente do desenho, mas, gostei bastante. Achei que tudo ficou incrível e muito cheio de detalhes. Aposto que vocês vão adorar! E é claro que não posso deixar de comentar sobre a Fera. Achei que os efeitos especiais em relação a ela ficaram maravilhosos. Não poderia querer uma fera melhor!

     E, minha gente, o que eram aqueles cenários? Maravilhosos! Ao mesmo tempo tão parecidos com o desenho e tão diferentes. Eram de tirar o fôlego. O castelo, a vila, a floresta, a paisagem congelada... tudo ficou muito bem feito! Super acho que esse cenário merecia estar no parque da Disney. Impossível não se maravilhar com ele! O único lugar que ganha desse cenário é a biblioteca do castelo da Fera! Meu sonho de consumo! Ainda vou ter uma biblioteca daquelas. Não é de se espantar que a Bela fica super maravilhada com o tamanho e a beleza da majestosa biblioteca. <3

   O único detalhe que tenho a criticar? A dublagem. Gosto tanto da dublagem brasileira, mas, dessa vez, eles me decepcionaram. No começo fiquei maravilhada com a dubladora da Bela, porque eu realmente estava achando a voz muito parecida com a do desenho, mas depois... Achei que ela não conseguia cantar direito, ela estava mais falando a música do que cantando. Talvez tenha sido só impressão minha, mas foi isso que eu senti. Além disso, várias falas pareciam que não estavam sincronizadas com as cenas. Fala sério, como isso acontece com um filme da Disney? Volto a repetir, foi uma percepção minha, talvez muitos não tenham nem percebido isso.

     Mesmo não tendo gostado nem um pouco da dublagem, posso dizer que “A Bela e a Fera” é um filme maravilhoso e que merece ser assistido por todos. Tivemos atuações maravilhosas por parte de todos, uma ótima trama e cenários de cair o queixo. Não percam a oportunidade de assistir ao live action! Espero que gostem tanto quanto eu!

Nota: 9,5