terça-feira, 4 de abril de 2017

Resenha: A Ascensão dos Nove


Título Original: The Rise of Nine
Autor: Pittacus Lore
Tradução: Débora Isidoro
Editora: Intrínseca
Ano de Lançamento no Brasil: 2012
Número de Páginas: 287

     Para quem não sabe, esse é o terceiro volume da série Os Legados de Lorien. Então, se você não os leu ainda vá para as resenhas do primeiro e do segundo livro. Fico muito feliz em dizer que com o passar dos volumes a série vai se tornando cada vez melhor. Acho que é porque conhecemos cada vez mais membros da Garde e ficamos apaixonados por eles e seus poderes. Nesse volume só vai ficar faltando o número 5, que foi o único que ainda não teve nenhuma aparição.

    Se tem uma coisa que o autor (descobri que são dois autores que usam o pseudônimo Pittacus Lore) acertou é quanto a narração. Nesse volume há três narradores: Marina, John e Seis. Gosto muito do fato de podermos ficar na cabeça de vários personagens e saber exatamente o que cada um está pensando. E tudo fica ainda mais interessante quando esses narradores possuem personalidades totalmente diferentes e percebem as coisas de maneiras distintas. Você consegue quase que imediatamente saber quem está narrando só ao ler as primeiras linhas, além das letras das páginas também mudarem de acordo com a mudança de um para outro.

     Pois bem! Como incialmente os personagens estão divididos em dois grupos, há duas histórias principais. A primeira é composta por John e o Número Nove. Após terem se encontrado brevemente com Setrákus Ra e se separado de Sam, ambos procuram um lugar para se esconder enquanto John se recupera de seus ferimentos. Essa parte do livro parece ter o objetivo de mostrar como surgiu e aumentou a amizade entre esses dois membros da Garde. Foi muito interessante eles descobrindo novas funções para os objetos que tinham em suas arcas e para o tablet de Malcom Goode deixado por ele no esconderijo. É claro que os dois estavam fazendo de tudo para tentar encontrar os outros lorienos.

     A segunda parte da história é composta por Marina, Seis, Ella e Crayton. Eles estão indo viajar para a Índia para encontrar um membro da Garde que acham que está lá. Muitas pessoas do local acreditam que há um menino com poderes extraordinário que é a reencarnação do deus hindu Vishnu, então Crayton acredita que se juntar a ele é o melhor a se fazer. É claro que eles estarão sempre alertas a novos problemas e terão muita cautela. Porém, o que eles não esperavam era que o garoto estava esperando a visita deles. Qual será o número desse garoto?

    Fico muito impressionada em como os personagens se tornam cada vez mais cativantes. Marina e Ella são minhas preferidas desde o início, sendo que são muito boas e compreensivas. O Número Nove, embora seja meio convencido e sem noção, sempre está pronto a ajudar os outros membros da Garde e é muito engraçado. O Número Oito também é muito legal, sendo espontâneo, positivo e alegre. Como não gostar de todos esses personagens?

     A única coisa que me irritou neles foi o fato de serem muito impulsivos e até um pouco imaturos. Sério mesmo! Parece que não podem ver um membro da Garde do sexo oposto que já começam a flertar um com o outro. É até meio ridículo. Sabe aquela coisa de Crepúsculo que tem até eletricidade entre os corpos deles? Então! É mais ou menos assim... Saem beijando todo mundo por motivos bobos e ficam até com ciúmes um dos outros. Nesses momentos me sinto lendo um livro de romance adolescente.

     Um fator da história em si que não me agradou foi o fato de serem capturados por agentes da CIA ou do FBI o tempo todo. Será que faltou criatividade para o autor e ele fez com que isso ocorresse muitas vezes? Mas, parando para pensar direitinho, essas partes tinham um propósito (embora eu já tenha entendido a mensagem que ele queria passar já faz um tempão). Acho que Pittacus Lore podia mostrar mais o treinamento da Garde (que quase não teve nos livros, exceto o de John treinando com Henry).

     Falando em Henry, fiquei impressionada em como “A Ascensão dos Nove” fez com que o leitor percebesse as diferenças existentes entre os Cêpans. Sandor, o Cêpan do Número Nove, era gritantemente o mais peculiar dos Cêpans. Era muito extravagante e vivia com muito luxo. Fiquei muito curiosa sobre ele e descobri que há livros digitais chamados de Arquivos Perdidos que contam várias histórias paralelas ou de personagens que já se foram. Em um desses volumes é contada a história de Sandor! Estou muito ansiosa para conferir!

    Enfim, o final do livro foi excelente. Fiquei muito curiosa para saber o que aconteceria no próximo volume. Será que Sam enfim seria resgatado? O que os membros da Garde farão em seguida? Como eles desenvolverão cada vez mais suas habilidades? Quais são os Legados que ainda serão descobertos? São muitas perguntas sem respostas. Estou ansiosa para saber tudo o que vai acontecer. Só vou dizer mais uma coisa dos últimos capítulos: Sarah Hart enfim ganhou um pouco do meu respeito.

Nota: 8.5

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