domingo, 9 de outubro de 2016

Resenha: Luke Cage


Ano de Exibição: 2016
Número de Episódios: 13
Produção: Cheo Hodari Coker, Marvel Television, Netflix, ABC Studios
Emissora: Netflix
Tempo Médio de Duração de Episódio: 50 min

     Nada melhor do que começar a semana com uma boa série, não é? Por isso hoje vou falar para vocês do novo seriado da Netflix, Luke Cage. Para quem não sabe, Luke Cage é um dos super-heróis da Marvel e todo mundo já percebeu que a Netflix está cheia de surpresas quanto à series de super-heróis (Jessica Jones, Demolidor). Este foi o meu primeiro seriado que assisti referente a essa temática e gostei mais do que eu imaginava.


     A trama se passa em Nova York e mais especificamente no bairro de Harlem. Nele sempre houve a presença de várias gangues poderosas da cidade e foi palco de confrontos entre elas. O único lugar neutro e respeitado por todos do Harlem era a Barbearia do Pop (Frankie Faison). Nela, Luke Cage (Mike Colter) encontra conforto para recomeçar a sua vida e fugir do passado.


     O que os outros não sabem, com a exceção de Pop, é que Luke Cage é um fugitivo que foi acusado injustamente e que possui uma força sobre-humana e pele impenetrável devido a experiências feitas com ele na prisão. Luke é forçado a se mostrar quando vários ataques de gangues passam a ocorrer na cidade e recebe uma visita inesperada de alguém do passado. Será que Luke Cage conseguirá se aceitar como um herói?


     Estava esperando ansiosamente pela chegada de Luke Cage na Netflix. Seria meu primeiro seriado com a temática de Super-Herói que eu iria assistir. Por isso, fiquei bem decepcionada com o primeiro episódio. Não achei ele nada interessante e não estava conseguindo me prender nem um pouco. Pensei até mesmo em desistir de Luke Cage. Mas, decidi continuar assistindo, afinal não tem jeito de você saber se qualquer coisa é boa assistindo somente o primeiro episódio.


     E ainda bem que eu persisti, porque me peguei apaixonada pelo seriado. Ele está longe de estar no meu top 10 de series, mas posso dizer que ele ganhou um espaço importante no meu coraçãozinho. A temática, o ambiente, os personagens e as músicas (ah, as músicas) foram cruciais para que eu gostasse tanto do seriado.


     No começo estava um pouco irritada com Luke Cage. Eu entendia o que ele estava passando, o que ele sofreu e tudo mais, mas parecia que ele tinha desistido de lutar e só estava procurando um bom lugar para fugir. Isso não é vida. Porém, o personagem evoluiu bastante e foi fazendo com que eu gostasse cada vez mais dele. Apesar de Luke Cage não ser um dos meus heróis preferidos, posso falar que ele me conquistou com todo aquele ar de imponência e um coração justo e bondoso. Ao mesmo tempo que ele pode ser fatal, ele se preocupa com as pessoas a sua volta. Adorava as partes em que os bandidos atiravam nele e ele ficava como se nada tivesse acontecido. :P


     Mas, se engana quem acha que Luke Cage não terá muitos desafios pela frente. Temos 3 vilões principais no seriado: Cornell Stokes (Mahershala Ali), Willis Stryker (Eric LaRay Harvey) e Mariah Dillard (Alfre Woodard).



     Cornell Stokes é o chefão do tráfico de armas no Harlem. No início eu até identifiquei alguns traços de princípios no personagem, por isso não desgostei dele por completo. Mas quando as coisas ficavam feias... Cornell nos surpreendia com sua capacidade de ser bem cruel com aqueles que mexiam com ele ou que faziam coisas que ele não havia ordenado. Ele dá um bom trabalho para o Luke.


     Só não tanto quando Willis Stryker. Este é bem mais impiedoso e cruel. Matará qualquer um que se oponha as suas vontades e não é nem um pouco paciente com as falhas de seus capangas. Ele possui um passado com Luke que só o instiga mais a acabar com o “amigo”.


     Agora quem mais me surpreendeu de todos eles foi Mariah, a concorrente a vereadora do Harlem. Sério, essa mulher é super #GirlPower. Mesmo seu primo Cornell estando no comando do Harlem, era evidente quem mandava na parada toda. Em qualquer lugar que ela estivesse todos a respeitavam. Mariah se superou no seriado, foi a personagem que mais evoluiu (não no sentido bom haha). Ela era extremamente inteligente e passou a ser bem impiedosa no decorrer da trama. Acreditem, ninguém iria querer entrar no caminho de Mariah.


     Talvez a única exceção seja Misty Knight (Simone Missick), uma (SUPER) habilidosa detetive do Harlem. Ela podia analisar a situação de um crime com precisão e saber tudo que tinha acontecido. Era uma detetive bem insistente e cheia de atitude que não desistia enquanto não conseguisse a verdade. Seu único defeito era quando perdia o controle. Ela fazia várias coisas erradas quando isso acontecia, o que me irritava em certas partes do seriado.


     Um dos personagens mais cativantes sem dúvida nenhuma é Pop (Frankie Faison). Ele é aquele tipo de personagem que você gosta de cara. Sempre está com um sorriso no rosto e sempre procura ajudar aqueles a sua volta, principalmente os mais jovens. Achei super engraçado ele possuir uma “latinha dos palavrões” em sua barbearia. Quem falasse palavrões tinha que depositar dinheiro nela. Como não amar Pop? <3


     Para aqueles que gostam de seriados com várias intrigas, pode começar a assistir Luke Cage. A série está recheada delas. Já nos primeiros episódios temos descobertas chocantes sobre vários personagens. Esse ambiente criado foi essencial para que o seriado fosse ganhando um bom ritmo e deixando os telespectadores super curiosos sobre o desenrolar da história. Estava chegando no final e não conseguia nem dormir pensando no que aconteceria em seguida. Haha “Luke Cage” realmente conseguiu me prender.


     Pensei que a trama estaria recheada de lutas (não existe filme/seriado de super-herói sem lutas, certo?), mas não teve tantas igual eu imaginava. Apesar de gostar bastante dessas partes por conter muita ação, não achei a falta de mais combates tão ruim assim. E por que? Porque o foco do seriado não é Luke mostrar toda a sua força e poder, mas sim fazer com que aqueles que nunca ouviram falar de Luke Cage passem a conhece-lo. Pelo menos foi isso que aconteceu comigo.


     O aspecto que mais gostei em todo o seriado é que ele não mostra apenas essas lutas e os poderes de Luke Cage. Foi dada ênfase para o passado do personagem. Quem é Carl Lucas (antigo nome de Luke)? De onde ele veio? Como foi sua infância? Mais importante do que mostrar como Luke ganhou seus poderes é mostrar quem ele era. Quem é e foi o homem por trás do super-herói. Esse seriado me ganhou completamente com isso! <3


     Além de sabermos bastante sobre Luke Cage, também entramos em contato com o passado de diversos outros personagens, como Pop e Misty Knight. É muito interessante perceber o que eles passaram e o que fez com que eles trilhassem o caminho que escolheram. Além deles, o telespectador conhece um pouco da infância de Mariah e Cornell. É super perceptível o porquê deles se tornaram o que são no seriado.

     Outro fator que é impossível não se apaixonar na série é a representação negra. Os próprios personagens se sentem representados pelo herói “negro, a prova de balas e destemido”. E o telespectador consegue perceber algumas dificuldades devido ao preconceito aparente (e extremamente idiota e sem fundamento) por parte dos habitantes do Harlem.


     Pessoal, o que era aquela trilha sonora? Perfeita! As músicas misturavam hip-hop, blues e jazz. Vou admitir para vocês nunca escutei muito esses estilos, mas achei que combinou bastante com “Luke Cage” e me surpreendi apreciando cada uma delas. Foi um dos aspectos fortes do seriado e que complementou a trama. <3

   O final da série foi espetacular! Foi do jeitinho que eu gosto: bem movimentado e excitante. Não deixou a desejar nem um pouco. E além disso, para a alegria dos fãs (como eu), deixou várias coisas a serem resolvidas. O que isso significa? Mais temporadas! Uhuuuuuuuul! Quero mais Luke Cage e principalmente mais Misty Knight (que tem MUITA coisa a ser explorada).

Que cabelo mais maravilhoso! <3

    Por isso se está procurando um bom seriado para passar o tempo, recomendo bastante “Luke Cage”. A trilha sonora, as ótimas atuações (principalmente da parte de Simone Missick), a trama bem elaborada e a chance de conhecer um novo super-herói foram essenciais para que “Luke Cage” envolva completamente seus telespectadores. E podem ter certeza, muitos aprenderão a não mexer com Luke Cage. “Continue a seguir sempre em frente, nunca para trás”.

Nota: 8,5

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