quarta-feira, 6 de julho de 2016

Resenha: The Returned


Ano de Exibição: 2015
Número de Episódios: 10
Produtores: Justis Greene, Heather Meehan
Emissora: A&E, Netflix
Tempo de Duração de Episódio: 45 minutos aproximadamente

      Fiquei muito triste quando, ao acabar essa série, descobri que ela tinha sido cancelada. Isso mesmo! Ela só tem uma temporada. É realmente uma pena, pois achei a temática muito interessante e o ritmo imposto a trama faz com que você queira assistir um episódio atrás do outro. Ela é um remake de Les Revenants, uma série francesa que muitos dizem ser infinitamente melhor que essa. Não posso opinar sobre isso, mas posso garantir que The Returned vale muito a pena ser assistido.


        A trama se passa em Caldwell, uma cidade que tem a vida de seus habitantes virada de cabeça para baixo quando pessoas que já morreram aparecem misteriosamente. Por favor, não pensem que é uma série de zumbis. Os mortos que voltaram só são diferente de nós pelo fato de não conseguirem dormir e sempre sentirem fome. Se eles passassem na sua frente, você nem ia perceber nada de anormal neles.


          O interessante é que nenhuma dessas pessoas se lembram do momento de sua morte, para falar a verdade, elas nem sabiam que estavam mortas. É importante destacar que elas morreram nos períodos mais distintos, sendo que umas voltaram depois de 20 anos, enquanto outras voltaram após quatro anos. A pergunta que sempre se fazem é: “Por que eu?”. O triste é que alguns querem continuar suas vidas normalmente, mas não podem.


        Camille Winship (India Ennenga) é a primeira pessoa que o telespectador vê que voltou. Sua família ficou muito feliz e confusa, fazendo de tudo para que ela pudesse ter uma vida normal novamente. Quem não teve uma boa reação de início foi Lena Winship (Sophie Lowe), sua irmã gêmea. Eu fiquei até com raiva. Como uma irmã pode tratar a outra daquele jeito? Porém, você entende que tudo que ela fazia era devido a culpa que carregava por não ter morrido com a irmã.


        Uma personagem que eu gostei muito foi Julie Han (Sandrine Holt). Ela era uma mulher muito solitária e muito forte (você vai perceber isso conforme for assistindo). Coisas muito ruins aconteceram em seu passado, por isso, ela se tornou uma pessoa muito solidária. Ela até mesmo levou um garoto que achou perdido na rua para sua própria casa. Como ele não falava, ela passou a chamá-lo de Victor (Dylan Kingwell). Que garoto sinistro! Não sei como ela não saiu correndo de medo dele. Esse ator mirim está de parabéns.


         Essa série possui várias histórias que são interligadas entre si, sendo que as mortes de alguns personagens influenciaram de alguma forma nas mortes de outros. A história que eu achei mais chatinha foi a de Helen Goddard (Michelle Forbes). Essa personagem parecia ser totalmente doida, e queria fazer alguma coisa para destruir a cidade inteira. Ela foi uma das pessoas que morreu na inundação causada pela falha que teve em uma represa. Mas tenho que admitir que senti pena dela, pois quando ela “voltou” o marido dela já estava bem velhinho.


       Com certeza uma das melhores histórias foi a de Rowan Blackshaw (Mary Elizabeth Winstead) e Simon Moran (Mat Vairo). Ele morreu em um “acidente de carro” no dia do casamento deles. Ela nunca conseguiu superar sua morte, desejando que sua filha Chloe (Dakota Guppy) tivesse tido a chance de conhecer o pai. Sete anos depois, o casamento dela com o Xerife Tommy Solano (Kevin Alejandro) estava se aproximando. E quem volta dos mortos nesse momento? Isso mesmo! Simon Moran. Isso fará com que várias coisas aconteçam com essa família.


         Nessa série há vários personagens, e se eu falar sobre cada um deles a resenha ficará muito extensa. Logo, eu falei sobre os mais importantes e os que eu mais gostei. Vou falar só sobre mais um: Adam Darrow (Rhys Ward). Ele foi uma das pessoas que voltaram, mas não teve uma participação tão grande quantos os outros. Creio que eles estavam planejando aprofundar um pouco mais sobre ele na segunda temporada (que infelizmente não vai ter). Ele era uma “pessoa má” que pode ou não ter mudado após alguns acontecimentos dos episódios. Tenho que admitir que isso era o que eu mais estava ansiosa para descobrir.


         O último episódio foi excelente, te deixando muito curioso para assistir a segunda temporada. Quando eu vou procurar por ela, simplesmente me deparo com a notícia de que foi cancelada. Com isso, te alerto que muitas perguntas ficaram sem respostas e que certos acontecimentos foram pausados em seu momento de maior tensão. Se você for uma pessoa muito curiosa, nem assiste, pois acabará por ficar um tempão refletindo sobre o que poderia ter acontecido.

Nota: 9

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