The Best of G & R: Resenha: Mask

Ano de exibição: 2015

Número de episódios: 20

Emissora: SBS

Tempo médio de duração dos episódios: 1h

Esse drama com certeza é um dos meus preferidos. É a segunda vez que o assisto, mas nem por isso se tornou menos interessante e emocionante. Ele simplesmente te deixa curioso e vidrado desde o primeiro episódio, feito que dificilmente outros conseguem. Prepare-se para entrar em um mundo repleto de vinganças e desconfianças, que intensificam os sentimentos do telespectador, assim como os das personagens.

Byeon Ji Sook (Soo Ae) é uma mulher trabalhadora e gentil, que sempre se esforça para ajudar a pagar as dívidas de sua família. Seo Eun Ha (Soo Ae) pertence à classe alta e possui um amor secreto. O que as duas têm em comum? Nada além da aparência. Porém, quando um “acidente” acontece, uma simples vendedora de lojas de departamento assume o lugar daquela que possui grande influência e poder.

O protagonista da trama é Choi Min Woo (Joo Ji Hoon), o herdeiro do grupo SJ. Eu o considero um dos personagens mais complexos da série. Ele é cheio de manias, se fecha muito para as outras pessoas e tem várias cicatrizes de seu passado. De início você acha que ele tem algum problema psicológico, pois tem várias alucinações e vê várias coisas estranhas. Com o tempo, Ji Sook consegue fazer com que ele se abra mais, nos mostrando a pessoa boa e carinhosa que ele é.

Você deve estar se perguntando como os protagonistas se conheceram. TAN, TAN, TAN, TAN (suspense). Min Woo era o noivo de Eun Ha. Ambos se odiavam, porém seu casamento era importante para que ambas as famílias ganhassem vários benefícios. Então, após a morte da noiva, Ji Sook tomou o lugar dela sem que quase ninguém soubesse. Tudo isso era um plano de vingança muito bem arquitetado feito para arruinar o grupo SJ. A pessoa responsável por isso era Min Suk Hoon (Yun Jung Hoon).

O cunhado do Min Woo foi um dos vilões mais inteligentes e charmosos que eu já vi. Ele conseguia manipular todo mundo e fazer com que ninguém desconfiasse dele (até um certo momento da história, é claro). Eu não conseguia entender sua fixação em destruir a vida da família da esposa, mas no decorrer da história descobrimos o motivo e acabamos até por sentir um pouco de pena dele. Ele era casado com Choi Mi Yun (Yoo In Young), porém só a usava como um meio de ficar a parte do que acontecia no grupo SJ. Antes do fim ele perceberá o valor dos sentimentos dela.

Na minha opinião, quem roubou a cena foi a atriz Yoo In Young. Isso ocorreu tanto por sua atuação, quanto pelo papel que interpretou. Sua personagem era extremamente real, tendo muitos pontos positivos e negativos. Uma coisa que eu admirava muito nela era o amor que sentia pelo irmão e pelo marido. Mesmo sabendo das intenções de Suk Hoon, ela sempre queria acreditar que ainda tinha algo de bom nele. Também não tinha o desejo de competir com Min Woo pelo cargo maior da empresa, apoiando-o e tentando mantê-lo seguro de outros (inclusive daquele que amava).

Eu realmente queria que Mi Yeon fosse feliz logo, que parasse de beber vinho a todo momento para curar (ou tentar esquecer) suas cicatrizes. Chegou um momento da história que ela se tornou mais forte e independente, tentando desmascarar a Ji Sook a qualquer custo e não acreditando mais nas mentiras que lhe eram contadas. O ápice da personagem foi o surgimento de uma nova Mi Yeon, cujos sentimentos de amor e ódio tinham poder para levá-la a extremos inimagináveis. Ela é realmente muito interessante e merece uma atenção especial do telespectador.

O ritmo imposto pela história foi espetacular, sendo o episódio posterior sempre mais emocionante que o anterior. Além de toda a trama que estava ocorrendo, havia flashes de acontecimentos antigos com a Eun Ha. Com isso, muitas questões foram esclarecidas e tivemos a oportunidade de ver como Soo Ae atuou bem. Eu conseguia distinguir certinho quando era uma personagem e quando era outra, de tanto que ela conseguiu captar a essência das duas.

Se você gosta de moda, há outro motivo que fará você amar esse drama: as roupas (LINDAS) das personagens. Eu Ha, Ji Sook e Mi Yeon tinham uma roupa mais bonita que a outra. Sério mesmo!! Até mesmo os “pijamas” que elas usavam para dormir eram fabulosos. Se um dia eu tiver muito dinheiro, será dessa forma que eu irei me vestir (tomara que esse dia chegue). E não eram somente as roupas, mas tudo que elas tinham na casa delas, desde taças, até tapetes. Eles realmente capricharam ao encontrar um lugar perfeito daqueles para esse k-drama.

É óbvio que eu não posso deixar de comentar a química maravilhosa do casal. Eles tinham todo tipo de cenas: românticas, engraçadas, tristes... Eu nem consegui escolher qual a minha cena preferida dos dois. Me contentei com o fato de ter gostado de todas. Era realmente tocante o tanto que Min Woo confiava na “Eun Há”. Mesmo sabendo que vários segredos não foram revelados, ele esperou pacientemente até que ela estivesse pronta para contar tudo que estava acontecendo. Eu fiquei morrendo de dó quando se descobriu a verdadeira identidade dela, pois ele simplesmente não acreditava que podia mais ter confiança entre ambos. Não preciso nem dizer que o amor dele superou as desconfianças, não é?

Um fator que eu considero importante de observar é o amadurecimento amoroso dos personagens. Não estou dizendo que eles não evoluíram o modo de pensar e como viam o mundo a sua volta (NÃO CONFUDAM). Ambos eram pessoas bem maduras, porém imaturas em relação ao amor. Não sabiam o significado do casamento e o valor de ter uma pessoa em quem se apoiar. Logo, eles passaram a crescer juntos como um verdadeiro casal quando descobriram o que realmente importava.

Não podemos deixar de falar de personagens secundários que foram necessários para o desenrolar da trama. Dentre eles estão as famílias de ambos os protagonistas. A família de Min Woo era constantemente marcada por disputas e desconfianças, o que os tornava cada vez mais desunidos. A família de Ji Sook tinha muita união e amor, porém quase nenhuma sensatez. Fala sério: o pai sempre fazia dívidas e o irmão sempre se metia em problemas. A mãe e a protagonista ficavam sempre trabalhando para tentar concertar tudo. Aí, quando a filha “morre”, todo mundo fica de chororô. Achei muita hipocrisia, pois deviam ter tentado dar uma vida melhor enquanto ela ainda estava viva. Depois não adianta ficar se culpando! Embora eles não sejam perfeitos, eu gostei de todos e das maneiras como eles passaram a encarar o mundo. Esse drama é nota 10 no quesito “desenvolvimento de personagem”.

Vocês já perceberam como eu sou só elogios para esse drama, não é? Com o final não foi diferente. A melhor definição para ele seria: explosão de sensações. Você sente nervosismo, medo, triunfo, tristeza e alegria em um mesmo episódio. Tudo acontece de maneira tão intensa que eu tive que parar em alguns momentos e respirar fundo para me acalmar. Teve um momento extremamente triste no qual chorei muito, mas não vou contá-lo aqui para que vocês possam presenciá-lo por vocês mesmos. Só digo que ele foi de suma importância para que percebêssemos a intensidade dos sentimentos de alguns.