sexta-feira, 8 de julho de 2016

Resenha: Ga-Rei Zero


Ano de exibição: 2008
Número de episódios: 12
Emissora: KBS Kyoto, Tokyo MX
Tempo médio de duração dos episódios: 25min

      Algumas organizações governamentais possuem setores responsáveis por proteger o mundo humano de forças sobrenaturais. Dentre elas estão o Ministério da Defesa e o Ministério do Meio Ambiente. Eles recrutam várias pessoas que possuem a habilidade de ver esses seres e eliminá-los e as organizam em times de elite. Em combates reais, esses agentes dependem somente de suas armas e água benta.



          Se tem um fator que é grande merecedor de aplausos é o modo como a história foi passada. Nos primeiros dois episódios nos encontramos no presente, o qual desperta nosso interesse sobre o que aconteceu antes, o que fez com que tudo ficasse daquele jeito. No final do segundo episódio acabamos por ficar desesperados para saber o que acontecerá em seguida. A partir daí, a história sofre um corte e nos vemos no passado, recebendo uma retrospectiva da vida das personagens. Somente nos últimos episódios quem está assistindo descobre o que aconteceu depois. Desse modo, o telespectador permanece curioso o tempo todo e a trama vai se tornando cada vez mais emocionante.


Uma coisa muito importante a se saber antes de assistir: não se apegue a nenhum personagem. Sério mesmo!! A sua relação com ele será assim:
1.  Telespectador apresentado ao personagem;
2. Telespectador simpatiza com a personagem;
3. Telespectador acha o personagem incrível;
4. Personagem morre;
5. Telespectador morre de raiva;
6. Fim da relação personagem-telespectador.

Se você for uma pessoa que não se importa muito com mortes, então não haverá nada nesse anime que fará você desgostar nele. Eu sou daquelas que não gosta de mortes sem sentido, como não teve nenhuma desse tipo...


       Agora eu vou falar um pouquinho sobre uma das protagonistas: Yomi. Ela é a minha personagem preferida. Nos primeiros episódios ela é apresentada como uma pessoa cheia de ódio que mata até os próprios amigos. Não pude me conter de surpresa quando vi a pessoa que era no passado: boa, carinhosa, engraçada, solidária e que tinha bastante apreço por aqueles que conhece. Ela seria a próxima líder da família Isayama, mesmo não sendo legítima. Prepare-se para se impressionar pela sua personalidade forte e pelas suas incríveis habilidades de luta.


      A outra protagonista se chama Kagura. Eu gostei dela, embora não seja tão cativante quanto a primeira. Ela é herdeira de uma família de exorcistas muito influente. Além disso, esse grupo controla a besta sagrada mais forte. Devido ao modo como foi criada, ela não expressava muito seus sentimentos e sempre sentia a pressão de se tornar uma excelente espadachim. Essa personagem sofreu grandes mudanças quando conheceu Yomi, se tornando mais carinhosa e solidária. Mas, se tem uma coisa que me irrita nela é o fato de ser mentalmente fraca. Vou explicar melhor: ela às vezes deixava de cumprir seu dever porque estava assustada ou porque não queria matar pessoas que estavam possuídas. Eu concordo que certas coisas são desagradáveis e tudo o mais, porém cada um tem que fazer sua parte. Não adianta ficar chorando e deixar suas tarefas para outras pessoas.


        Esse anime é uma surpresa pelo fato de apresentar vários tipos de temáticas, como por exemplo amor e amizade. O foco não está nas lutas em si, mas nas relações e acontecimentos que aconteceram por trás delas, que as ocasionaram. É realmente muito bonito ver como o relacionamento entre Yomi e Kagura se desenvolveu. As duas passaram a serem verdadeiras irmãs, querendo sempre proteger uma à outra. Outro relacionamento que eu me interessei muito foi o noivado de Yomi e Noriyuki. Você de início pensa que ambos não se gostam, porém você acaba percebendo a intensidade dos sentimentos deles.


       Além das armas usadas por esse exorcistas, há também as bestas sagradas que os ajudam. Eu achei MUITO LEGAL. Elas tinham formas de animais e cada uma tinha um nível de poder diferente. A mais forte de todas era Ga-Rei Byakuei, que era controlada pelo pai da Kagura. Ela tinha a forma de um dragão branco e usava constantemente uma corrente. Tinham também a besta sagrada da Yomi (que tinha a forma de um leão) e a besta sagrada do Noriyuki (não sei ao certo que animal era).


         Uma frase que chamou muito a minha atenção e me deixou muito apreensiva foi: “Você mataria alguém que ama por amor?”. Você já prevê que ambas as amigas iriam entrar em um combate e que alguém iria morrer. Eu realmente não queria de maneira alguma que Yomi morresse. Outra frase que os exorcistas constantemente diziam era: “Exterminarei os que corrompem o mundo humano com a morte”. Isso nos mostrava que, não importando quem fosse, se a pessoa prejudicasse os humanos de alguma forma, ela deveria ser morta. Isso me deixou mais nervosa ainda pela minha personagem preferida. É óbvio que eu vou deixar vocês descobrirem o que aconteceu. Kagura terá que matá-la? Ou ela conseguirá salvá-la de seu destino?


      Já deu para perceber que vai ter muita ação, não é? Somos constantemente presenteados com lutas muito boas e emocionantes. Há demônios com as aparências mais diferentes possíveis, uns grandes e imponentes, outros bem feios e aterrorizantes... Temos inclusive lutas entre duas pessoas (na minha opinião eram as melhores). Porém, o que temos de mais interessante são os equipamentos usados no combate. Alguns eu achei muito legais, como as espadas, as pistolas e “metralhadoras”. Outras eu sinceramente achei ridículas, como um ferro de passar roupa (isso mesmo).

       A cena de luta que eu mais gostei foi a da Jinguji Ayame com a Yomi. Desde o início da história, a segunda usa cadeira de rodas e é constantemente “protegida” por Kiri-chan. Eu sabia que ela era uma antiga exorcista muito poderosa, porém não sabia que ela ainda lutava extremamente bem. Descobrimos que sua cadeira de rodas é motorizada e repleta de artifícios bem úteis. As manobras que foram usadas realmente me impressionaram, eu jamais conseguiria pensar em algo assim.

       Eu realmente gostaria de não ter nenhuma crítica, porém teve um fator que eu odiei: as cenas de comédia. Tenho que adimitir que não foram todas, mas a maioria. Teve certos momentos que eu sentia que eles tentavam forçar o riso, que não queriam que isso ocorresse naturalmente. Por exemplo, por que motivo um velho ia ficar andando quase pelado de um lado para outro? Eu entendi que queriam mostrar que ele era uma pessoa muito inteligente e excêntrica, mas tinha outras maneiras de mostrar sua excentricidade.


       Eu achei o final satisfatório, mas deixou várias perguntas sem respostas. Fiquei sem saber quem era aquele menino de cabelo branco que infernizava a vida de todo mundo e algumas coisas sobre a vida de alguns personagens. Na minha opinião precisaria de uma segunda temporada, mas infelizmente nem todos os meus desejos podem se realizar só porque eu quero. Quem quer saber o que ocorreu depois, terá que ler os mangás e descobrir por si só.

Você já assistiu? Quais são seus personagens preferidos? Qual a besta sagrada que você mais gostou?

Nota: 9

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